“E, lançando-se ao pescoço de Benjamim, seu irmão, chorou; e, abraçado com ele, chorou também Benjamim. José beijou a todos os seus irmãos...” Gênesis 45.14-15
Fui filho único por praticamente 10 anos. Como apreciei a gravidez da minha mãe e a chegada do meu irmão. Fiz poesia, música, ajudei nos preparativos para a chegada, comprei a primeira roupa, sapato e um cisne azul inflável! Meu Deus! Como foi gostoso e educativo cada momento. Obviamente que os 10 anos de diferença, acabaram forçosamente tirando o convívio próximo. Aos 18 saí da casa de meus pais para trabalhar, estudar e depois veio o casamento e nunca mais voltei ao convívio doméstico e diário. Porém, havia os momentos de férias e festividades familiares. Um grande prazer!
Apesar das diferenças, sonhos distintos e caminhos trilhados cada um do seu jeito e para a direção que melhor supre cada planejamento, a figura de um irmão, sempre é o elo hipoteticamente mais duradouro, na manutenção do vínculo familiar; principalmente quando da ausência dos pais.
A Bíblia mostra isto na relação dos filhos de Jacó (Gn 50). Mesmo José tendo sido alvo da inveja, desprezo, violência, mentira e de um plano terrível aplicado por seus irmãos, seu coração fraternal e seus vínculos familiares falaram mais alto. O temor para com Deus, o reconhecimento da Sua soberania e a prática do perdão permitiu a José desfrutar de um convívio restaurado com seus irmãos. Um modelo para a família cristã. Tudo isso apontava para o amor e o perdão que o próprio Cristo aplicaria sobre nós que fomos chamados para sermos filhos de Deus.
A relação de irmãos amigos dentro de um contexto familiar aponta para a relação fraterna e íntima que temos com os irmãos da fé.
Desfrutar da existência de irmãos de sangue e todas as implicações que isso traz, aponta para um discipulado constante, vindo de Deus, para sermos amparados, protegidos e educados para algo melhor. Somos ensinados através do convívio fraternal. Que possamos buscar um relacionamento fraterno que glorifique ao nosso Pai Celeste. Sejamos benção na vida dos nossos irmãos, influenciando-os para serem melhores e estarem mais pertos de Deus, como fez José do Egito com seus irmãos.
Que Deus nos abençoe!
Rev. Everton Matheus.