Salmo 8

Quão Magnífico!

A revelação geral (criação) aponta para a grandeza, glória e majestade do nosso Elohim (Deus Criador). O Apóstolo Paulo diz, em Romanos 1.18-20, que a criação revela claramente a existência de um Deus poderoso. O Salmo 19.1 afirma: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”.

Neste mesmo sentido Davi no salmo 8 exalta a Deus cujo nome é Magnífico, pois sua majestade fica explicitada nos céus (v.1); pois através da criação do homem e sua descendência aponta para o seu poder, inclusive no cumprimento da promessa de enviar um descendente para vencer o nosso inimigo (v.2), ou seja, Deus é magnífico para nossa redenção. E na comparação da grandeza do universo em relação a criação do homem, enfatiza que o próprio Deus coroou este homem com domínio sobre a criação (cf. Gn 1.28). Tal domínio sobre toda a obra da criação deveria conduzir o homem a reconhecer o quão magnífico é o SENHOR!

O Salmo não enfatiza a realidade espiritual do homem, mas reforça o propósito da sua criação, sua posição em relação as demais obras da criação e dignidade estabelecida por Deus, mesmo diante da sua notória pequenez.

No paradoxo relacionado a dignidade do homem versus sua depravação total, é preciso definir campos distintos. Quando falamos sobre a realidade espiritual do homem natural, a Bíblia nos assegura que como descendentes de Adão estamos mortos em nossos delitos e pecados, logo, totalmente depravados. Mas, quando o campo de investigação e estudo é a criação do homem e o propósito que Deus lhe conferiu, temos a realidade de que o próprio Criador lhe conferiu dignidade e honra. Porém, não para sua própria glória, mas para que o nome do SENHOR seja magnificado em toda a terra.

Temos muitas vezes confundido os campos, querendo dar honra e glória ao homem no culto que deveria ser à Deus e em outros momentos desprezando o caído, quando deveríamos tratá-lo como um ser especial, criado a imagem e semelhança de Deus. Ajamos de modo a exaltar o SENHOR, Senhor nosso, declarando: “Quão magnífico em toda a terra é o teu nome!”.